quarta-feira, 25 de maio de 2011

Educação Física Adaptada - Acessibilidade

 Como dissemos na postagem anterior, a pesquisa e a informação devem estar presentes dando suporte as decisões tomadas no ambiente escolar. Sugerimos que toda a comunidade tenha acesso a textos, filmes e participem de discussões sobre o assunto, onde se chegue ao concenso para melhorias para o bem estar de todos. Para a educação física adaptada será necessário:
• Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
• Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
• Utilizar diferentes linguagens: verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;
• Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
• Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

Sugerimos a  leitura e interpretação de texto: História das Paraolimpíadas, onde serão trabalhados os fatos históricos desde a década da qual se iniciou as atividades e quais os atletas que representaram e que representam o Brasil nestas competições. (História)

O texto:
História das Paraolimpíadas
O esporte adaptado para deficientes surgiu no começo do século XX, quando iniciou-se atividades esportivas para jovens com deficiências auditivas. Mais tarde, em 1920, iniciaram-se atividades como Natação e Atletismo para deficientes visuais. Para portadores de deficiências físicas, o esporte adaptado só teve início oficialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando muitos soldados voltavam para casa mutilados.
As primeiras modalidades competitivas surgiram nos Estados Unidos e na Inglaterra. Nos Estados Unidos surgiram as primeiras competições de Basquete em Cadeiras de Rodas, Atletismo e Natação, por iniciativa da PVA (Paralyzed Veterans of America).
Na Inglaterra, o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann, que cuidava de pacientes vítimas de lesão medular ou de amputações de membros inferiores, teve a iniciativa de fazer com que eles praticassem esportes dentro do hospital. Em 1948,o neurocirurgião aproveitou os XVI Jogos Olímpicos de Verão para criar os Jogos Desportivos de Stoke Mandeville. Apenas 14 homens e duas mulheres participaram. Já em 52, os Jogos de Mandeville ganharam projeção, contando com a participação de 130 atletas portadores de deficiência. Tornou-se uma competição anual.
Em 1958, quando a Itália se preparava para sediar as XVII Olimpíadas de Verão, Antonio Maglia, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, propôs que os Jogos de Mandeville do ano de 1960 se realizassem em Roma, após as Olimpíadas. Aconteceram então os primeiros Jogos Paraolímpicos, as Paraolimpíadas. A competição teve o apoio do Comitê Olímpico Italiano, e contou com a participação de 240 atletas de 23 países.
Com o sucesso dos jogos o esporte se fortaleceu e fundou-se a Federação Mundial de Veteranos, a fim de discutir regras e normas técnicas. Ao longo dos anos, a competição foi crescendo muito. Por problemas de organização, as Paraolimpíadas de 1968 e 1972 ocorreram em cidades diferentes da sede das Olimpíadas, constituindo excessões na história dos Jogos Paraolímpicos. Em 1988, em Seul, os jogos voltaram a ser disputados na mesma cidade que abriga as Olimpíadas. O primeiro ano de participação brasileira foi 72. Os atletas paraolímpicos fizeram em Pequim no ano de 2008 a melhor campanha brasileira na história dos Jogos. O país terminou em 9º lugar geral no quadro de medalhas, com 16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze. Este é o resultado da luta pela superação, persistência e competência que um portador de necessidades especiais pode alcançar com o apoio da família e da sociedade da qual faz parte.

A partir deste texto várias idéias poderão surgir, mas daremos a vocês leitores um plano de aula na intensão de mostrar possibilidades na Educação Física Adaptada.

PLANO DE AULA 
Duração das atividades:
2 aulas de 50 minutos.
Obs.: esta aula será dupla, ou seja, duas aulas seguidas em um mesmo dia.

Conhecimentos básicos de percurso, distância e arremesso:
Postura, concentração, superação dos obstáculos para cumprir o percurso.
Conhecendo as distâncias através de dados matemáticos.
Exemplo: 10 passos equivalem a três metros até a 2ª etapa do exercício.

Material:
Bola, bambolês, corda, quadra de esportes, arco adaptado para que a bola passe sobre ele.
Objetivos:
  • Estabelecer relações entre distância, destino, precisão, movimentação dos membros superiores e inferiores. (coluna cervical, cabeça, braços, mãos, pernas e pés.)
  • Desenvolver a percepção  auditiva.
  • Trabalhar movimentos que desenvolvam coordenação motora.
  • Confiança nos membros do grupo, vencendo os preconceitos, respeitando as limitações e habilidades.
  • Interação entre os alunos portadores de necessidades especiais com os demais alunos da sala e professor.
Desenvolvimento:
Aquecimento e alongamento:

  1. ·   Com um fundo musical fazer o alongamento da coluna cervical, esticando o pescoço para o lado direito, com o apoio da mão direita. Fazer mesmo com o lado esquerdo.   
  2.  Alongar a musculatura do pescoço forçando um sorriso travando as  mandíbulas. 
  3. Fazer movimentos da direita para esquerda como se fosse um “não”, bem lentamente. 
  4.   Fazer movimentos com o pescoço para trás e para frente, como um “sim”.   Movimentar os ombros, fazendo rotação para frente e para traz. 
  5.   Pedir a cada aluno que segure nas mãos do seu colega de classe e  levante e abaixe os braços como uma corrente. 
  6. Alongar a musculatura das mãos e dedos, fechando e abrindo as mãos, com movimentos bruscos.
  7. Pedir aos alunos que sentados, alonguem a musculatura das pernas e   pés.

Obs.: Para os alunos que apresentarem dificuldades os alunos serão incentivados a ajudar uns aos outros. 

Atividades:
1ª Atividade: Realizando um percurso (dividir os alunos em grupo de até 3 alunos)
Mostrar aos alunos o percurso: Pegar a bola, dar 10 passos até o 1º bambolê, passar em volta dele.Dar mais 5 passos, passar em volta do próximo bambolê e no ponto marcado no chão arremessar a bola para que passe no meio do arco.                                                               O grupo que tiver mais arremessos certeiros ganha a prova.    

2ª Atividade: Escravos de Jó (música cantada com percussão corporal) Colocar os alunos em círculo e ensinar a melodia e a letra da canção folclórica. Pedir aos alunos que batam palmas nas sílabas tônicas. Após perceber quais os alunos que conseguem efetuar a palma com precisão, ir dificultando as tarefas para que todos façam um acompanhamento para a melodia mostrando que todos os sons percutidos pelo corpo são importantes, desde que a palma, o estalar de dedos, ou ainda a batida dos pés no chão. 

CONCLUINDO:

Concluímos que toda criança ao chegar na escola traz conhecimentos adquiridos do ambiente onde vive, ou seja de sua casa, da comunidade da qual sua família participa.

Todo este conteúdo pode vir com pré-conceitos ou a por conviver com um Portador de Necessidades Especiais na comunidade da qual faz parte desenvolver atitudes diferenciadas.

Nas escola percebemos que existe a discriminação por parte dos alunos “tidos como normais” que excluem o Portador de necessidades especiais, pelo medo se socializarem por não aceitarem as diferenças.

Podemos citar o exemplo de quando alguns olham para um portador da Síndrome de Down, um cadeirante, ou que não possua algum membro como: perna, braço. Percebe-se as pessoas logo se afastam por não saberem lidar com a situação.

Cabe ao educador ser o portador das informações que os conscientizarão e os farão  aceitar as diferenças e saber lidar com elas, porque ele é um agente transformador, através do seu exemplo, o futuro cidadão poderá transformar o futuro.

REFERÊNCIAS


Parâmetros Curriculares Nacional: Educação Física/ Secretaria da Educação Fundamental-Brasilia: MEC/SEF, 1996.

Imagens do Google:
http://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRMLePFaNyt0VKe6ezUaH1SLCBx48MBLjNzQTs0v6mtYJJxbRQm

TRABALHO COM BASES NO PROJETO DESENVOLVIDO
ACESSIBILIDADE:
UMA QUESTÃO DE BOM SENSO!
Trabalho apresentado como exigência parcial para conclusão do curso de pedagogia da Universidade Metodista de São Paulo sob a orientação dos docentes: Mara Pavani da Silva Gomes, Rodrigo Sanchez Macedo e Wilson Alviano Junior.ANO DE 2010 PELAS ALUNAS: Elaine Alessandra Mendes Silva / Nádia Isper/Natália Maria Cardoso Martins/Rosemary de Oliveira Souza/Tatiana Moretti Pastorim.

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