quinta-feira, 2 de junho de 2011

Educação em Ciclos e Progressão Continuada - Comentários e Críticas

Segundo Elba Siqueira de Sá Barreto em sua entrevista a revista escola e em seu artigo Estudos sobre ciclos e progressão escolar no Brasil: uma revisão:  
"A idéia de ciclos e medidas anti-repetência foi assumindo diferentes significados. Atualmente, a proposta de ciclos é bastante elaborada. Ela incorporou as tendências contemporâneas da pedagogia e uma preocupação com a inclusão de todos na escola. Os ciclos agora propõem uma revisão na forma de entender o conhecimento e a aprendizagem e de trabalhar a organização da escola e o currículo, mais adequada em uma escola para todos e não apenas para os melhores."
A Pedagoga ainda cita:
"O grande atraso escolar é efetivamente um dos motivos que orientam as experiências brasileiras de medidas de não-repetência – que agora se chamam ciclos, mas já tiveram outros nomes. A reprovação não melhora a qualidade do ensino. Se fosse pelo número de reprovados, o Brasil estaria entre os campeões da boa educação, e nós sabemos que isso não é verdade. Por trás da questão da correção do fluxo, há uma preocupação com a democratização do ensino. Quando não havia escola para todos, a repetência tirava o lugar de novos alunos. Hoje existem vagas para todo mundo, mas o atraso escolar ainda é muito grande. Nós temos mais alunos de 15 a 17 anos freqüentando o Ensino Fundamental do que o Ensino Médio, que seria o certo para essa faixa etária."

Elba Siqueira de Sá Barreto - Pedagoga, professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas.

A partir do assunto tratado por Elba Siqueira de Sá Barreto entendemos que:
É fundamental o aluno estar na escola e vemos hoje como progressão o aluno indo á diante.
A proposta da não reprovação é boa, porém os alunos não encaram com seriedade. Eles já sabem que vão passar de ano, só basta não faltar, onde acaba ocasionando em falta de interesse de estudar e aprender. 
 A tempos atrás os alunos que apresentavam dificuldades de aprendizado ou com problemas de comportamento, ao saberem da reprovação por notas baixas optavam por se esforçar estudando mais ou saiam da escola. Em outros casos, com o esforço dos professores em prender a atenção desses alunos insentivando-os a estudar, alguns conseguiam recuperar as notas e passar no próximo ano...

A intenção desta forma de ensino é boa, pois assim temos mais alunos nas escolas, porém muitos desses não aprendem o conteúdo dado e concluem o Ensino Fundamental  sem aprender. Esta situação do não aprendizado acarretará problemas futuros porque estes alunos vão enfrentar dificuldade no  dia-a-dia para questões que exijam compreensão ou cáculos como também para prosseguir os estudos.
Com tantas mudanças, percebe-se as dificuldades  enfrentadas pelos professores e a falta de capacitações para auxílio e esclarecimento de dúvidas, como também a necessidade da contratação de auxiliares, já que aumentaram o número de alunos atendidos por sala.
O processo tem intenção de desenvolver, mas para melhorar a qualidade de ensino, porém  é necessário fazer aulas mais dinâmicas e direcionada para cada público (infantil, infanto juvenil e juvenil). 


Segundo João Cardoso Palma Filho 
"É necessário a capacitação dos professores  e um investimento em material didático para melhorar o nível do ensino no País... O ideal seria 30 alunos em uma sala de aula alfabetizada... A alfabetização é uma prioridade nos ciclos escolares."
                                                   
Assista:

João Cardoso Palma Filho, secretário-adjunto da Educação do Estado de São Paulo, sobre a reestruturação do Ensino Fundamental, com a implantação de avaliações periódicas e a alteração do número de ciclos. Programa transmitido em 21/02/2011.

A partir das discussões de João Cardoso Palma Filho ressaltamos a idéia de que:                 
a  progressão continuada é muito importante em termos de ensino, mas enfrentou problemas na sua implantação. Primeiro teve o paradigma de que se o aluno não for reprovado, não aprende, depois o mito da reprovação, algo que fez mal inclusive a esse aluno, pois se trata de uma tentativa de melhorar o ensino.
Concordamos que os caminhos para aperfeiçoar a Progressão Continuada seria a capacitação de professores, um maior investimento em material paradidático, presença na recuperação que deve acontecer paralelamente ao processo de aprendizagem, repensar  o Saresp.
Outro detalhe importante é a participação da comunidade, família e políticos.
As famílias insentivando seus filhos a participarem das aulas como também  interagindo, e ajudando a escola no processo ensino-aprendizagem.
A família é peça fundamental, pois através da rotina de casa e costumes é possível analisar o perfil de cada aluno e o professor, a partir da troca de informações, criar novos caminhos para um ensino eficiente.
Os políticos poderiam direcionar empresas locais a serem parceiras da comunidade, da escola e dos alunos, através de cursos rápidos que tragam informação, como também desenvolvimento técnico,auxiliando a todos e combatendo possíveis dificuldades encontradas nos dias de hoje, como por exemplo:
inclusão digital , informações sobre como ter uma melhor qualidade de vida, entre outras.







Referencias Bibliográficas:
Planejamento Semanal de 25/05/2011
Módulo:Problemas Contemporâneos:desafios para a escola
Professora: Dra. Marília Claret Geraes Duran
Título: Organização dos tempos escolares no ensino fundamental:série e ciclos





IMAGENS:



http://www.folhadirigida.com.br/htmls/hotsites/suplemento_2007/Cad_09/Pag_98.html

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